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Agronegócios

Entidades discutem produção de soja com sustentabilidade no Cerrado


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Produtores rurais e entidades que representam o agronegócio brasileiro promoveram, na última semana, em Palmas (TO), o Seminário Soja Responsável – Produzindo Soja com Sustentabilidade.

O objetivo foi afirmar e promover a sustentabilidade da soja brasileira, em especial da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por meio de um debate transparente com a participação dos atores públicos e privados da cadeia da soja.

Promovido pela Aprosoja Brasil em parceria com as Associações dos produtores de soja dos demais estados, o evento é uma resposta à ofensiva recente de ONGs e membros da cadeia europeia importadora de soja, consolidada na Declaração de Roterdã. A ação também responde à declaração da empresa Cargill, que investirá US$ 30 milhões para evitar o desmatamento do bioma Cerrado na região do MATOPIBA.

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Segundo a Aprosoja Brasil, a partir das informações fornecidas pela Embrapa Territorial, durante o evento, ficou evidente que aproximadamente 30% da região do “Matopiba” é destinada à preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais. Outros 10%  são protegidos por lei por meio de Unidades de Conservação e Terras indígenas. Somados, a Aprosoja afirma que 40% do território já está, de alguma forma, protegido ou preservado pelas leis e pelo código florestal brasileiro.

Do encontro, uma carta com uma série de informações foi publicada. Confira abaixo:

Em carta, a Aprosoja Brasil e demais associação informaram que:

  1. A moratória da soja nada teve a ver com a queda do desmatamento no Brasil, que se intensificou a partir de 2004, antes da moratória, e se consolidou com níveis próximos a zero após o início da discussão do novo código florestal e sua promulgação;
  2. Trata-se (a moratória) de peça publicitária internacional que prejudica muito a imagem dos sojicultores brasileiros, indo na direção oposta ao que o atual Governo Federal intenta fazer, que é promover a sustentabilidade do Agro nacional no exterior;
  3. O Cerrado brasileiro não está ameaçado de acabar e a soja não é fator relevante de desmatamento, nem neste bioma, nem no bioma amazônico;
  4. O Cerrado do MATOPIBA está 72% preservado, sendo que a agricultura ocupa apenas 5% de sua área, enquanto que a soja abrange 3% da área originalmente ocupada pelo bioma na região;
  5. Portanto, a área de soja no Cerrado do MATOPIBA pode dobrar sem ameaçar a preservação do bioma, ao contrário do que vociferam europeus e suas ONGs.

Como encaminhamento, os participantes se dirigem ao poder público nacional e internacional, instituições financeiras, traders e empresas que adquirem soja do Brasil, bem como instituições financeiras, para dizer que:

  1. O discurso de que os produtores de soja colocam em risco a preservação do meio ambiente no Brasil é um discurso irresponsável e desprovido de argumentos válidos;
  2. A soja brasileira é a mais sustentável do mundo, seja devido às boas práticas agrícolas, seja porque o sojicultor brasileiro é o único no mundo que preserva vegetação nativa em suas propriedades, carregando um custo de toda a sociedade, sem perder competitividade;
  3. A produção de soja pode e irá crescer na região do MATOPIBA, dentro da legalidade, podendo dobrar sua área sem ameaçar a vegetação nativa;
  4. Os produtores de soja brasileiros são em sua totalidade contra o desmatamento ilegal;
  5. Os produtores de soja não negociam com organizações não-governamentais;
  6. Conclamamos todos os que desejam promover esforços e recursos para a manutenção da sustentabilidade dos produtores de soja brasileiros que se unam aos signatários deste documento para contribuir com os projetos de sustentabilidade dos produtores e oficiais, tais como:
  1. Soja Plus – projeto nos estados do MATOPIBA (através das Aprosojas estaduais);
  2. Projeto para a cadeia da soja do ativo florestal da Embrapa Territorial (recursos privados);
  3. Projeto de promoção da sustentabilidade da soja nos países europeus que compõe a declaração de Roterdã.
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